Diga-se tudo o que se quiser dizer do
Diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes), Lívio Amaral, só não se pode dizer que ele não tenha firmeza
de propósitos. Implementar a mudança que fez na avaliação dos programas de
Pós-graduação no País é para quem tem topete. Tivesse seguido a cartilha
petista de “mandar para as bases” as decisões a serem tomadas duvido muito que
a ideia agora em vigor passasse. Ele insistiu em dizer que não houve nenhuma
mudança, mas, houve sim. E significativa. As avaliações anuais feitas por uma
comissão de seis pessoas, com todas e recomendações diretamente aos programas
deixaram de existir. Agora, há o que ele denominou Seminário de Acompanhamento,
a ser realizado no período de 5 a 7 de dezembro para a Área de Ciências Sociais
Aplicadas I, por exemplo, no qual todos os coordenadores reúnem, recebem
informações sobre os demais programas da área, trocam experiências e formulam
apenas um relatório da área, com um elenco de pontos fortes e fracos a partir
dos dados do Coleta/Capes. Neste caso, tendo 2010 como ano-base. Permanece,
porém, a avaliação trienal, com a atribuição de notas feita pela Comissão de
Área. Manter essa trienal nas mesmas bases anteriores é mexer para não mudar
nada. E, nesse caso, devo dar razão ao diretor da DAV: não muda nada mesmo. A
avaliação só será efetivamente participativa se a trienal também for feita
pelos coordenadores de Programas de Pós das respectivas áreas. Em não sendo
assim, mexe-se na avaliação anual, tornada mais participativa, porém, volta-se
para a avaliação representativa na trienal. Ainda há tempo de se efetivar
verdadeiramente a mudança.
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