Há um equívoco muito grande pegar os resultados
do Exame Nacional dos Estudantes (Enem) e compará-los entre escolas, e, mais
ainda, entre estados. É evidente que as escolas particulares possuem interesses
comerciais na publicação de classificações e “rankings” para depois utilizar
essa própria divulgação gratuita em prol da “venda” de novas vagas. No entanto,
divulgar nomes de escolas e estados, em bloco, como se o Enem medisse o
desempenho das escolas e dos estados, é um erro gravíssimo. O Exame mede o
desempenho dos estudantes, inclusive, individualmente. Portanto, não se pode
dizer que a escola tal teve desempenho tal, ou que o estado tal é melhor que o
outro. O Amazonas tem um prova cabal de como a estatística do Enem é
equivocada. Uma das escolas mais famosas (e bem-sucedidas de Manaus) “convenceu”
todos os seus estudantes, das duas unidades, a participarem do Enem. É evidente
que essa escola terá desempenho melhor do que outra que não tenha conseguido “convencer”
a totalidade dos seus estudantes. Ora, se nem todas as escolas participaram com
100% dos estudantes, como falar que o “Amazonas” ficou na “colocação” Y ou Z? O
Enem, portanto, deve ser visto apenas, como o próprio nome diz, um exame
nacional de estudantes. Comparar estudantes da mesma escola, no máximo, é o
aceitável. Qualquer outra comparação dos dados do Enem é falaciosa. Pura manipulação
midiática.
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