sábado, 3 de setembro de 2011

Justiças e injustiças da Lei

O fato de o Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM) ter agido rigorosamente de acordo com o que prescreve a Lei nº 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais) não significa que, para a opinião pública (nem pra mim) a justiça foi feita. Saí do episódio com três socos e vários pontapés, perda de 50% da capacidade auditiva no lado direito e muitas sessões de terapia até recuperar a auto-estima. Mais doloroso que os socos foi o silêncio da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que, além de não se manifestar publicamente em nenhum momento contra a invasão do seu espaço físico, jamais defendeu o seu professor. É bem-verdade que, por pressão da comunidade (professores, técnico e estudantes), o então reitor, Hidembergue Ordozgoith da Frota, publicou nota tímida, escondida nos classificados de um dos jornais da cidade. Mais nada! Por tê-lo enfrentado nas urnas (e perdido por apenas 179) deve ter se sentido vingado pelo irmão do governador e não tomou mais nenhuma providência para defender a instituição e o seu servidor. A nova administração, herdeira da anterior, manteve o mesmo silêncio, apesar de ter sido instigada várias vezes. E, ao que tudo indica, não se manifestará. Por isso torna-se tão revoltante um (dito) empresário pagar módicos R$ 15 mil, em três vezes, para a Instituição que, até hoje não destinou os recursos ao Departamento de Comunicação Social (Decom) conforme a decisão judicial. Tanto se nos apresenta injustos um valor tão ínfimo, pago em três vezes, quanto destinar os recursos à universidade. Apesar de tudo, é a Lei, com suas injustiças e justiças ao ser aplicada.

Um comentário:

  1. Olá! Também achei absurdo um pagamento ínfimo e parcelado, contudo, não é o pagamento de costume aos professores?! Infelizmente a lei nem sempre é "legal"!

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