Não se pode discutir os rumos da
universidade brasileira sem, antes de tudo, pensar o modelo de universidade que
queremos para o País. Há dois caminhos que devem ser bem-claro: ou partimos
para uma universidade humanística, que dá uma base filosófica e prepara para o
exercício pleno da cidadania e, como conseqüência, prepara sim, para o mercado;
ou investimos apenas no modelo tecnológico e tecnicista, que forma “só para o
mercado”. É reducionista demais pensar que a universidade serve apenas para “treinar
habilidades”. Muito menos para pessoas meramente técnicas. Uma universidade de
verdade tem de sentir orgulho em formar pensadores. Pessoas com habilidades
técnicas sim, porém, capazes de repensar o modo de fazer, ou seja, a própria
técnica. Em assim não sendo, a universidade deixa de cumprir seu papel social
basilar de preparar para a cidadania. E, preparar para a cidadania, significa o
pleno exercício da política, algo que, aos poucos, em função da ação direta dos
partidos, foi eliminada da vida acadêmica. Sem o exercício da polícia é quase
impossível formar para a cidadania.
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