Quando denunciei aqui
neste espaço que tanto a Universidade Federal do Acre (Ufac) quanto a Universidade
Federal do Amazonas (Ufam) validam automaticamente os cursos de Mestrado e
Doutorado obtidos no âmbito no Mercosul, principalmente no Paraguai, algo
completamente ilegal e condenável por parte das universidades, não significa
que seja condenável a participação de professores das duas instituições nesses
cursos. É condenável para as instituições, sim, por darem um tiro no pé de todo
o sistema de pós-graduação do País, montado com o suor de cada uma das pessoas
que para ele deram algum tipo de contribuição. Ao reconhecer automaticamente
esse tipo de título, as instituições o fazem na ânsia de dar respostas às
políticas públicas que existem o maior número possível de mestres e doutores
para se obter financiamento. No entanto, tem impacto profundamente negativo nos
rumos da pós-graduação no País. Por outro lado, não há como condenar
professores que se sentem atraídos pelas facilidades de um Mestrado ou
Doutorado de final-de-mês. Grande parte deles não é competente o suficiente
para ser aprovados em nenhum Programa de Pós-graduação brasileiros. Sem saída
para progredir na carreira, aproveitam essa oportunidades. Se os pares aceitam
e os liberam, quem somos nós para condená-los. É evidente que cursos obtidos na
Faculdade Intermericana do Paraguai, por exemplo, estão muito além da “décima
quinta categoria”. No Brasil, porém, depois de o título obtido, não importa
muito a origem, dada a carência de mestres e doutores. Das universidades se
esperaria um crivo mínimo de qualidade. Se a elas isso não interessa, a nós,
cabe apenas chamar a atenção para o problema. Em nenhum momento, porém, devemos
condenar os professores que participam dessa arapucas.
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