Há, no Brasil, uma espécie
de euforia pela expansão numérica das vagas no Ensino Superior. Só para se ter
uma ideia de como isso ocorreu, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que
possuía 51 cursos de graduação, passou para 109. A pergunta é: será que o
processo de expansão física e de vagas foi acompanhado das condições mínimas de
trabalho para professores, estudantes e técnicos? Respondo sem nenhum medo de
errar: nem na Ufam nem nas demais universidades brasileiras, bem como nos
antigos e novos institutos federais de educação, as condições de trabalho são,
em grande parte delas, precárias. Há um canteiro de obras, é claro. Porém, a
custa do sacrifício dos trabalhadores que recebem as primeiras turmas dos novos
cursos sem as mínimas condições físicas de funcionar. O Governo Federal, com o
Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI),
deixou pouca margem: para poder receber as verbas era necessário iniciar os
cursos, porém, quem se recusasse a iniciá-los não teria as verbas. Funcionou
como uma espécie de chantagem. O problema é que nem o número de professores
contratados nem de técnicos supre as demandas já existentes dos novos cursos
criados. Some-se a isso a crônica falta de infraestrutura dos cursos antigos e
se tem uma universidade “nadando” em obras, porém, eivada de problemas estruturais.
Essa é a expansão que aí está e que precisa ser corrigida urgentemente.
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