No momento que se discute uma nova carreira para os professores (e
professoras) das universidades federais, é essencial que se discuta o que os
programas de Pós-graduação, principalmente os da região sul e sudeste, chamam de
“estratégias para elevar a produção intelectual”. Tenho a impressão que os
números elevadíssimos (há áreas nas quais os professores produzem uma média 15
artigos por semestre), muito acima da média exigida, inclusive pela Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), são resultados de uma
estratégia para “engordar” e não para elevar a produção da área. Conversas
reveladas por coordenadores de Pós-graduação se não confirmam, deixam no ar
suspeitas de que efetivamente ocorre uma espécie de “engorda” e não de produção
efetiva. É correto, por exemplo, quem faz parte de uma subárea ou de uma linha
de pesquisa de determinado programa de Pós-graduação aparecer como autor (ou
co-autor) nos artigos que não escreve? Não se assume isso publicamente, no
entanto, tenho sérias dúvidas de que isso não venha ocorrendo. Particularmente,
considero esse tipo de prática reprovável. Por o nome de professores, apenas
por serem de determinada linha de pesquisa, com o único objetivo de atender os
critérios de produtividade estabelecidos pelos próprios colegas professores nos
gabinetes de Brasília não pode ser considerado correto nem o padrão a ser seguido.
Nesse momento de paralisação das atividades acadêmicas dos professores (e
professoras) é fundamental que se discuta não apenas a relação da Graduação com
a Pós-graduação, mas, a qualidade efetiva dessa produção, desses artigos.
Comportamentos reprováveis do ponto de vista ético, se ocorrem, devem ser
banidos e não incentivados.
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