O que Lula Maluf e os professores em greve que param as atividades na
graduação mas defendem com unhas e dentes continuar o trabalho na pós-graduação
possuem em comum? Límpido e simples como água potável: a incoerência. Vejo
colegas professores (e professoras) criticarem ferozmente a aliança entre Paulo
Maluf e o Partido dos Trabalhadores (PT) para a Prefeitura de São Paulo. Essas
mesmas pessoas, porém, param as atividades na graduação, mas trabalham nos
programas de pós-graduação. Com todo respeito aos nossos colegas professores
que agem dessa forma (aliás tenho dúvidas se devemos ter respeito a quem age
assim), como se pode cobrar dos políticos um tipo de comportamento que não se
faz dentro da universidade? Tenho a humilde impressão de que a universidade não
pode ser mero espelho das práticas da sociedade. Ao contrário, tem de ser o
sol, o reflexo, servir de exemplo à sociedade. Logo, é fundamental que as
práticas dentro da própria universidade sejam diferentes das práticas
correntes. Afinal, não consigo compreender como um professor (ou professora)
para as atividades acadêmicas na graduação e continua a trabalhar na pós-graduação?
É como Lula visitar Maluf e convencê-lo a ser apoiador do PT. Incoerência
total!
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