Quero ver, agora, qual decisão o governo federal irá tomar
relativamente à reivindicação dos deputados federais. Enquanto os professores
caminham, amanhã, para trinta dias de greve em busca de remuneração digna para
a carreira de magistério superior, os deputados federais querem reajuste na
verba de gabinete de R$ 60 mil para R$ 75 mil. Vejam bem, leitores e leitoras,
somente a diferença de verba de gabinete proposta pelos deputados é de R$ 15
mil por mês. Caso observemos a tabela dos professores da Universidade Federal
do Amazonas (Ufam), somente a diferença pedida pelos deputados é quase cinco
vezes maior que o vencimento básico de um professor titular com dedicação
exclusiva, que é de R$ 3.110,85. A proposta dos deputados é tão acintosa que,
se comparada com o que os professores reivindicam, é maior do que a remuneração
bruta de um professor universitário que, com os descontos, não chega aos R$ 15
mil que os deputados querem de aumento na verba de gabinete. Essa diferença
pedida pelos deputados provoca um impacto de R$ 92,5 milhões por mês nos cofres
públicos. Apesar de todas as ponderações, alguém duvida de quem será atendido
primeiro? É bem possível que os deputados ganhem o aumento integral pedido nas
verbas de gabinete e, aos professores, sejam oferecidas migalhas.
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Veremos o que a opinião pública vai fazer a respeito desta farra com o dinheiro público.
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