Não
consigo ver no conjunto de educadores da minha geração nenhum átimo de
esperança de que, pelo menos se discuta a Educação, não como um instrumento de
controle e poder do Estado (e das elites), mas, como uma base teórica e metodológica
para a libertação. E nem me arriscaria em falar de "libertação das
massas". No máximo, gostaria que servisse para libertar o ser humano, o
indivíduo. Mas, nem isso! Temos hoje uma Educação como instrumento de controle
e de poder. Voltada para os interesses de se manter o status quo. Paulo Freire,
morto em 1997, deve se remover no túmulo todos os dias diante dos
"educadores". Ele que defendia ser a escola o lugar para se
"ensinar a ler" o mundo a fim de transformá-lo, não deve estar nada
contente com a pura e simplesmente "formação para o mercado"
defendida por 10 entre 11 dos educadores atuais, principalmente nas
universidades. Relacionar-se com o mercado, algo saudável, ao que parece, foi
confundido com servi-lo, sê-lo subserviente. "Conscientizar o
estudante", como defendia Freire, é utopia. O que se deve, hoje, é
prepará-lo para a empregabilidade. Transformá-lo sim, mas, em instrumento de
controle das classes menos favorecidas ou, no máximo, em defensores permanentes
do modo de vida preponderante. Uma lástima!
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