Por
um acaso, hoje, em uma rádio que transmite em cadeia nacional, ouvi a
propaganda eleitoral do candidato à reeleição em São Paulo, Geraldo Alckmin
(PSDB). Ele promete mais "mil escolas em tempo integral". Não posso
crer que a solução para os problemas educacionais do Brasil sejam escolas em
tempo integral. Como pai e como educador, jamais matricularia meu filho em um
escola em tempo integral. A não ser que os políticos, e os pais, vejam este
tipo de escola como uma forma de transferir da família, portanto, dos pais,
para a Escola, uma responsabilidade que é da família, logo, dos pais. Educar,
assim como prover a alimentação dos filhos, é dever dos País, da família.
Deixar os filhos em uma escola de tempo integral apenas pelo alimento é uma
demonstração clara e inequívoca de que o Estado se exime de criar condições de
vida digna para a população. Trancafiá-los (os filhos dos menos abastados) é
uma forma indireta de dizer que os professores (e professoras) são os únicos
responsáveis pela educação dessas crianças. Não os são! A vida não se resume a
uma sala de aula, a uma escola. Crianças precisam viver, experimentar, sentir o
mundo. E serão impossíveis de transformar o mundo para melhor se permanecerem o
dia todo em uma escola.
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