Em todas as discussões das quais participo,
como a de ontem no Espaço Cultural Casa do Parente, quando fiz parte da mesa
juntamente com Nilson Chaves e Celso Viáfora, a discussão política não deixe de
se misturar com um dos problemas graves referente à arte: a falta de incentivo
de de financiamento local. Afora, a Lei Rouanet, que é praticamente reservada
aos grandes nomes da música, do cinema, da literatura, enfim, das artes, pouco
pode ser feito pelo artista popular. Este tem sua arte desvalorizada pelo
público em geral e recebe pouco dos incentivos públicos, destinados, na maioria
das vezes, aos espetáculos de massa como a Ciranda, o Boi e o Carnaval. As discussões,
sempre, giram em torno da falta de sensibilidade do Estado, nos níveis
municipal, estadual e federal. Tenho uma explicação para o problema: enquanto a
política aprisiona, a arte liberta. Políticos de visão imediatista querem o
povo amordaçado, logo, investem quase nada em quem, por natureza, contesta,
portanto, liberta. Infelizmente, só se vence este estado de coisas com ações em
longo prazo. Pois, é preciso mudar a cultura de quem a arte não deve ser
remunerada. E só mudamos isso quando passarmos a valorizar a arte dos que são
mais próximos, pagando, por exemplo, pelos livros e CDs e não os querendo
sempre como brindes.
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.