domingo, 24 de janeiro de 2016

A arte liberta, a política aprisiona

Em todas as discussões das quais participo, como a de ontem no Espaço Cultural Casa do Parente, quando fiz parte da mesa juntamente com Nilson Chaves e Celso Viáfora, a discussão política não deixe de se misturar com um dos problemas graves referente à arte: a falta de incentivo de de financiamento local. Afora, a Lei Rouanet, que é praticamente reservada aos grandes nomes da música, do cinema, da literatura, enfim, das artes, pouco pode ser feito pelo artista popular. Este tem sua arte desvalorizada pelo público em geral e recebe pouco dos incentivos públicos, destinados, na maioria das vezes, aos espetáculos de massa como a Ciranda, o Boi e o Carnaval. As discussões, sempre, giram em torno da falta de sensibilidade do Estado, nos níveis municipal, estadual e federal. Tenho uma explicação para o problema: enquanto a política aprisiona, a arte liberta. Políticos de visão imediatista querem o povo amordaçado, logo, investem quase nada em quem, por natureza, contesta, portanto, liberta. Infelizmente, só se vence este estado de coisas com ações em longo prazo. Pois, é preciso mudar a cultura de quem a arte não deve ser remunerada. E só mudamos isso quando passarmos a valorizar a arte dos que são mais próximos, pagando, por exemplo, pelos livros e CDs e não os querendo sempre como brindes.


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