Em tese, sou totalmente contra a judicialização de problemas que envolvem
a Educação em todos os níveis. Na prática, no entanto, há casos que, de tão
absurdos, só mesmo um excelente juiz para que os eixos sejam restabelecidos.
No processo, inclusive, no parecer do juiz, há algumas aberrações. Dentre elas,
dizer que o professor “é um vocacionado”. Professores e professoras devem ser
valorizados pela importância do trabalho que desenvolvem. Na
sentença, o juiz pinta com cores fortes a profissão: "O professor é o indivíduo vocacionado a tirar outro indivíduo das
trevas da ignorância, da escuridão, para as luzes do conhecimento,
dignificando-o como pessoa que pensa e existe." Argumentos deste tipo
foram usados pelo juiz para negar o pedido de “dano moral” requerido pela mãe
do estudante que teve o celular “tomado” pelo professor por ouvir músicas com o
fone de ouvidos enquanto a aula ocorria. A alegação da mãe no estudante, no
processo, é que o o filho enfrentou um "sentimento de impotência, revolta,
além de um enorme desgaste físico e emocional". Ao negar o pedido da mãe,
em verdade, o juiz não só a educa, mas também, educa o filho dela. E devolve um
pouco de dignidade às profissões: de juiz e de professor.
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