Vejo que, em alguns momentos, as pessoas confundem a proposta de Maria
Luíza Cardinale Baptista de amorosidade e paixão na pesquisa. Na pesquisa, como
na vida, amorosidade não é sinônimo de “plena liberdade”. Criticar e impor
limites é um ato de amor. Pois as duas ações também significam educar.
Impossível é encarar a pesquisa e a vida como um campo da plena liberdade.
Viver em sociedade significa lidar com os limites da vida social. E não se
consegue construir laços baseados apenas em elogios e falta de limites. Saber
conviver com as críticas e delas tirar elementos para melhorar a si é o maior
sinal de maturidade que um ser humano pode demonstrar. Ser generoso é, ao ser
ferido, demonstrar ao outro, nem sempre na mesma proporção, que aquela ferida,
talvez, pudesse ser evitada. Educar para a amorosidade é um exercício
permanente de crescimento individual e em grupo. E isso não acontece sem dores.
Amar e odiar são sentimentos humanos assim como uma moeda possui cara e coroa e
não cara ou coroa. Ou entendemos isso ou não aprendemos, ainda, a entender o
que é a amorosidade.
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Muito bom, Gilson!
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