Incomoda-me, por demais, que as mudanças na estrutura das universidades
brasileiras tomem por base questões administrativas, raramente questões
financeiras e, mais raras ainda sejam a predominância das questões pedagógicas
nas discussões. Só se fará a mudança necessária e a revolução na Educação do
País, incluso a Educação Superior, se as discussões priorizarem o caráter
pedagógico. Decidido o desenho pedagógico, se deve partir para o modelo
administrativo que melhor se adapta às metas pedagógicas que queremos para as
instituições. Em não sendo assim, serão criadas unidades de acordo com a força
política interna de cada grupo sem se levar em conta o impacto financeiro das
criações de novas unidades e, menos ainda, as aproximações pedagógicas por
áreas do conhecimento. E quando o conhecimento deixa de ser a mola-mestre das
universidades, o que se tem é um emaranhado de cursos que não se aproximam
pedagogicamente. Passa-se a ter unidades administrativas, porém, sem nenhuma
conexão entre os saberes, o que praticamente impossibilita as trocas. Ruim para
as universidades, pior ainda para a sociedade.
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