Não é de hoje que noto uma espécie de pasteurização entre os Institutos
Federais e as Universidades, desde a criação daqueles. Fica-se com a nítida
impressão que os Institutos querem se transformar em universidades, se já não o
fizeram, ao mesmo tempo que as Universidades querem cumprir o papel dos
Institutos. Pesquisa
coordenada por Adriano Baptista Dias, da Fundação Joaquim Nabuco, conclui
exatamente o que há muito eu supunha: “Os institutos tendem a imitar as
universidades, que estão ali perto e são uma referência natural. Depois, os
novos que vão entrando, vêm da universidade e tentam reproduzir aquilo. Mas tem
um outro motivo mais sério: a lei que criou os institutos coloca a avaliação
deles no mesmo sistema que avalia as universidades. Então você cria um
instituto para ter desenvolvimento tecnológico e depois você amarra ele a uma
instituição que não faz desenvolvimento tecnológico. Isso tende a desvirtuar os
objetivos e finalidades para que o instituto foi criado”, afirma o coordenador.
O que a pesquisa não diz é que as Universidades também entraram na seara dos
Institutos Federais e passaram a tentar fazer “desenvolvimento tecnológico”. A
continuar da forma como está, os dois entes federais entram em um processo de
canibalização mútua na busca por recursos. Sem contar que teremos pesquisadores
frustrados em ambos os times.
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Concordo e se me permite complemento, o pesquisador/professor, acaba se autodesvirtuando nesse processo, que tem por ponto final no comércio do ensino.
ResponderExcluirE o ensino?, cadê o ensino?
E a formação? Onde estao os melhores profissionais no mercado?
Qual contribuição esse processo trás pra sociedade brasileira?
Seguiremos mesmo esse modelo norte americano?
Esse modelo de "capitalismo acadêmico".
#ficaaconscientizacao