quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Projeto de pesquisa não é prisão

Tenho ojeriza aos professores e professoras que encaram o projeto de pesquisa dos seus orientados como se fosse uma espécie de prisão. Ainda mais quando se trata de um projeto utilizado para as qualificações nos programas de pós-graduações. Projeto é projeto! É o objeto físico do plano (que está no campo mental). Planos mudam ao longo do tempo. Projetos, portanto, podem mudar também. Traçamos caminhos até quando saímos de casa para o trabalho. No transcorrer do percurso, que para Edgar Morin, é o método, podemos nos deparar, por exemplo, com um engarrafamento. Ou ficamos nele e esperamos. Ou seguiremos em velocidade reduzida. Às vezes, no entanto, conseguimos tomar um novo rumo, um novo caminho. Que, pode ser mais longo, porém, mais ricos e menos estressantes. Assim funciona na pesquisa. Engarrafamentos, na realidade, são possibilidades de novas descobertas, de novos caminhos. Se eliminarmos a possibilidade da descoberta nos projetos de pesquisa, as pesquisas tendem a ser a confirmação de algo que já sabíamos. E pesquisa que se limita apenas a confirmar hipóteses tem sempre o gosto de comida sem tempero: até alimenta, mas, não dá prazer!


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