Há um equívoco dos mais graves na sociedade: encarar a universidade como
o locus que deixa os estudantes totalmente prontos para o mercado. Primeiro que
a universidade não deve encarar o mercado como a única finalidade de formação.
Uma universidade que não forma para a vida não tem como formar para o mercado,
uma vez que o mercado é parte intrínseca da vida, principalmente nos países
capitalistas, como é o caso do Brasil. Salas de aulas e laboratórios, em
quaisquer cursos ou áreas do conhecimento, não reproduzem a vida nem a
substituem. Portanto, é impossível que o estudante saia de uma universidade
pronto. Terá um cabedal técnico e teórico de conhecimento. No entanto, insuficiente
para enfrentar as mudanças permanentes do ambiente, inclusive profissional,
portanto, da vida. O processo de aquisição de conhecimentos, ao longo da vida,
é tão complexo que “estar pronto” é incompatível com a dinâmica da vida.
Entender as limitações da universidade como locus do saber é fundamental para
manter, inclusive, a saúde dos professores e professoras. E tirar da família e
da sociedade esta ânsia por um profissional inteiramente pronto.
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.