Há, no
Brasil, sem se julgar o gosto musical, uma espécie de máquina de fabricar “gêneros
musicais”. Variações sobre o mesmo tema do antigo revisitado de novo. O que são
brega, breganejo e arrocha, se não, um bolerão mais apressado? Sem falar no sertanejo,
que não passa de um samba-canção chorado na hora de cantar. Empresários,
produtores musicais e a máquina de divulgação (no mais das vezes, paga) das rádios
e das televisões, só dão espaço para quem pode investir no “jabaculê”: pagar
para que as músicas toquem. Num ambiente destes, talento é o que o menos
importa. Ou você ser curva aos esquemas, às máfias, às panelinhas ou não grava.
Encolhem as chances de shows e você é obrigado a “morrer” nas mãos dos “atravessadores”.
Quem decide o que toca ou não, infelizmente, não é o gosto popular. Ao contrário:
o gosto popular é afetado pelo (mau) gosto de produtores e empresários. E nós,
os artistas, somos escravos modernos dos senhores de engenho da cultura. A máquina
nos arrocha e nos atocha não o que, para nós, é o melhor; mas, o que eles querem
que façamos. Arrochemos, então? Só se eu quiser!
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