domingo, 4 de abril de 2010

Avaliação de verdade


A avaliação só pode ser verdadeiramente um instrumento de aprendizagem institucional se os resultados forem utilizados para promover o crescimento interno da organização. E, sinceramente, embora seja avaliador do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ainda não senti que o ministério da Educação (MEC) seja capaz de promover o crescimento organizacional das universidades brasileiras. E digo isso porque o mantenedor das universidades brasileiras é o MEC. E este não nos dá as condições necessárias exigidas das demais universidades. Não por falta de vontade do próprio MEC, mas, por questões administrativas e políticas. O resultado das avaliações serve para balizar políticas públicas. No entanto, qualquer “atitude” administrativa do MEC depende, pelo menos, do Ministério do Planejamento e do Ministério da Fazendo. Sem contar com as ingerências políticas. Logo, por mais que haja boa vontade do MEC, o resultado da avaliação não poderá ser, digamos, “aplicado” imediatamente. Assim, corre-se o risco de não se completar o ciclo da avaliação, ou seja, para muitos, pode ficar a impressão de que não houve uma “avaliação de verdade”.

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