sábado, 30 de julho de 2011

A mobilidade acadêmica internacional

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante (PT-SP), lançou, com pompa, o programa governamental de 100 mil bolsas de mobilidade acadêmica internacional. Nada contra; porém, a forma como se faz as coisas no Brasil é equivocada. Posso estar enganado, porém, esse modo de promover “a concorrência” entre os estudantes de graduação não passa de mais um duro golpe, indireto, é claro, no orçamento das universidades brasileiras. Essa verba deveria ser destinada às universidades para investir em promover a mobilidade de acordo com as áreas estratégicas para cada universidade e respectiva região. Enquanto o foco da distribuição de verbas não levar em conta as questões pedagógicas envolvidas, decisões serão tomadas de cima para baixo e caberá às universidades gerenciar, sem recursos e sem pessoal, a execução das ideias de algum iluminado de Brasília. Quem vai, efetivamente, operacionalizar a seleção dos 100 mil bolsistas? É mais um ônus para as combalidas das universidades brasileiras que, recebessem os recursos necessários para serem de ponta, não precisariam de bolsas para isso, pois, a mobilidade faria parte da proposta pedagógica de forma natural.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.