sexta-feira, 11 de maio de 2012

A academia amarrada pelo medievalismo do método


É cada vez mais claro para mim, principalmente após dois dias de participação no XI Congresso Latinoamericano de Investigadores da Comunicação (Alaic), que precisamos, urgentemente, nos liberar das amarras do método tradicional e recriarmos o que se convencionou chamar de “pensamento comunicacional latinoamericano”. Somos assumidamente funcionalistas, pensamos de forma compartimentada e não sabemos dar um passo a frente sem, primeiro, fazermos o tal “recorte epistemológico”. Temos uma pesquisa que não inova, não consegue ser tridimensional nas abordagens e, no mais das vezes, os resultados de pesquisas transformadas em artigos não passam de sumários estatísticos sem nenhum tipo de significância. Somos cartesianamente metódicos como o “mestre” mandou. Os Congressos atuais são chatos e maçantes, alguns colegas, por remorso, prestigiam a apresentação de outros colegas. As estrelas da constelação falam seus 20min e dão no pé. E a vida teórica da área continua como a de um cachorro, em círculos, a tentar morder o próprio rabo. Dos artigos às apresentações, somos metodicamente chatos, pouco atraentes para quem nos ouve. Quando descobriremos que há vida possível para além de Descartes?

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