Não
tenho nenhuma dúvida de que professores e professoras, individualmente, possuem
o direito que não aderir à greve nacional das universidades federais. Esse direito
individual, porém, fere frontalmente o direito coletivo, constitucionalmente
garantido, à paralisação. É salutar, e em nome da garantia futura desse direito
coletivo, que o exemplo do Governo do Distrito Federal (GDF) seja seguido:
todos os trabalhadores, tenham feito greve ou não, serão obrigados a repor as
aulas. Falta a alguns professores e professoras, coragem para ir às assembleias
da categoria e defender abertamente posições contrárias à greve. É digno que o
façam e merecem todo o respeito de quem é favorável. Não é digno, porém, e fere
os princípios basilares da democracia, não aparecerem nas assembleias, não
manifestarem qualquer tipo de discordância e, depois de decretada a greve,
continuarem a trabalhar. Agir dessa forma é, antes de tudo, um péssimo exemplo
de falta de ética que se dá aos estudantes. Nem se trata de reafirmar a velha
máxima do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. É fundamental,
portanto, em caráter didático e como exemplo de respeito à democracia para as
gerações futuras, que aqueles professores que não compareceram às assembleias
respeitem as decisões coletivas. Por outro lado, é mais importante ainda, que
nem se cogite considerar válidas as atividades desenvolvidas em período de
greve. Que todos tenham de repor aulas. E, por favor, não me apareçam com
histórias escabrosas de professores (e professoras) que apenas mudam as datas
das atividades já desenvolvidas nos boletins de frequência. Se estudantes e
professores aceitarem esse tipo de prática, jamais poderão abrir a boca para
falar mal dos políticos corruptos.
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Gilson, como podemos fazer chegar aos olhos, ouvidos e cérebros dos nossos colegas, o conteúdo tão esclarecedor do direito democrático de participação de um movimento como o que, agora estamos vivendo?
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