Ontem,
aqui neste espaço, reclamei de “A academia amarrada pelo mediavalismo do método”.
Não demorou muito e fui vítima dessa visão equivocada e desse método
tradicionalíssimo de se olhar o mundo. Meu orientado no Doutorado em Sociedade
e Cultura na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Sandro Adalberto
Colferai, professor da Universidade Federal de Rondônia (Unir) no Campus de
Vilhena, não pode vir ao XI Congresso Latinoamericano de Investigadores da
Comunicação (Alaic). Disse a ele que não teria problema nenhum em apresentar o
artigo dele, uma vez produzimos vários artigos juntos e as ideias contidas em “Isolamento
revisitado: as disparidades no acesso às tecnologias da comunicação na Amazônia
brasileira” sintetizam o que refletimos no Grupo de Estudos e Pesquisa em Ciência
da Comunicação, Informação e Artes (Interfaces). Passei a manhã do dia 10
preparando a apresentação e cheguei cedo ao GT 10, Comunicación, Tecnologia y
Desarrollo. O artigo tinha imensa correlação com o que se discutia no grupo,
porém, fui impedido de apresentá-lo. Motivo: pelas regras da Alaic, ninguém
pode apresentar o trabalho de outra pessoa. Nem mesmo o orientador. A não ser
que “tenha colocado o nome no artigo”. Como não me presto a esse tipo de coisa,
o artigo do Sandro Conferai não foi apresentado. Azar deles! Perderam a chance
de discutir o tema bom o olhar dos ecossistemas comunicacionais. Ficam, porém,
com a rigidez cartesiana que merecem!
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