Parece
haver, no Brasil, principalmente nas universidades públicas, um processo de
penalização para quem atua nos programas de Pós-graduação. O primeiro ponto é
que existem regras altamente rígidas a serem cumpridas. Dentre elas, a de
produzir (e publicar) pelo menos dois artigos científicos por ano em revista
qualificada. Também contam livros ou capítulos de livros. Como política de
formação e fixação de doutores, para a região Norte, no entanto, é facultado
trabalhar em até três programas de Pós-graduação. É uma política pública das
mais perversas, visto que as duras regras não são flexibilizadas. Ora! É
bastante lógico que, em se tratando de uma política pública, a exigência aos
que atuarem em três programas também seja flexível. Afinal, além de atuar no
curso de graduação, esse professor terá mais uma jornada de trabalha em três
programas de Pós-graduação sem nenhuma remuneração adicional para isso. Ao
invés de ser uma política de incentivo à formação de mestres e doutores para a
região Norte, trata-se, no fundo, de uma política de legitimação da exploração
do trabalhador pelo Estado. Um bom ponto de reflexão para o “Dia do trabalhador”.
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