O
episódio ocorrido em um dos jornais de Manaus, quando se publicou inadvertidamente
a forma como os adversários fazem chacota em relação ao time do Clube de
Regatas do Flamengo, levou-me a refletir sobre a prática do jornalismo nas redações,
no dia-a-dia, e a relação que existe com o processo de formação. Principalmente
quando se trata da formação em ambiente universitário, como é o caso da Universidade
Federal do Amazonas (Ufam), que possui um curso de Jornalismo. Não sei o que
ocorreu, a não ser que a empresa aproveitou o fato para promover um processo de
demissões em série, nem o que motivou a publicação de algo tão sem propósito. O
episódio, acima de tudo, revela que existe uma vala extremamente larga entre a
prática do jornalismo, nas redações dos mais variados meios, tais como Rádio,
Jornal e TV, e o que se tenta "ensinar" nas universidades, centros
universitários e faculdades. Isto porque, no mais das vezes, os estudantes, de
forma equivocada, focam a formação apenas no aspecto técnico. Esqueçam o
processo humanístico e de ampliação da visão de mundo, principalmente, a
respeito do próprio papel que a profissão tem para a melhoria da relação entre
as pessoas. Quando o uso de termos pejorativos transforma-se em regra até mesmo
entre os colegas de trabalho, corre-se o risco de, em casos como o que ocorreu,
se deixar passar, por ato falho, a publicação de um termo tão ofensivo como o
que foi publicado no jornal de maior circulação de Manaus. É preciso mudar o
foco da formação. Não se pode centrar as aulas única e exclusivamente nos
aspectos técnicos. Sob pena de, na prática, Flamengo virar Flamer..., como
ocorreu em Manaus. E isso é lastimável para os jornalistas e para o jornalismo
tanto quanto para as escolas.
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