Na
universidade brasileira, em muitos casos, o discurso em favor da liberdade
plena mais parece um exercício diário de cinismo coletivo. Tive exemplo recente
disto na disputa pela reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), ao
decidir apoiar a reeleição da professora Márcia Perales Mendes Silva. Fui
tratado por inúmeros membros de uma esquerda barulhenta, que mostra a cara, e
de uma esquerda covarde, que faz barulho por trás de máscaras e perfis falsos
nas Mídias Digitais, como se fosse portador de doença contagiosa. Meu sagrado
direito à liberdade, mais uma vez, foi patrulhado escandalosamente justamente
por quem passa dias e dias, nos corredores da Ufam, cinicamente, a defender o
"direito à liberdade". Hoje, dia 07 de abril de 2013, quase cinco
anos depois, o deputado federal Francisco Praciano (PT), lembrou, no Facebook
dele, um texto por mim publicado, aqui mesmo, no dia 07 de junho de 2011, cujo
título era "Liberdade
de araque". É com imensa tristeza que constato, após esses anos, que
nada mudou. No campo da liberdade, a se levar em conta as mentiras e o cinismo
com que se portaram alguns professores, jornalistas e blogueiros de aluguel,
durante a Consulta Pública terminada quinta-feira, dia 04 de abril de 2013, os
cinco anos foram de retrocesso. Por se tratar de uma das datas na qual se
comemora o Dia do Jornalista, vale, porém, reproduzir o texto publicado em 2011
e bem-lembrado pelo deputado federal Francisco Praciano:"Do episódio da
agressão por mim sofrida, no dia 11 de maio de 2009, no Auditório Rio Negro, do
Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do
Amazonas (Ufam), uma das frases que mais me marcou foi do sociólogo Carlos
Santiago. “A universidade é o único lugar que você pode até duvidar da
existência de Deus e não ser punido por isso”. Foi uma bela defesa. No entanto,
parafraseando uma conhecida propaganda de um falido banco: “o tempo passa, o
tempo voa, e universidade é a mesma numa booooaaaaaaaa!” É preciso que, na
prática, as universidades, e não apenas a Ufam, pratiquem a liberdade com
respeito às diferenças de credo, raça, sexo. O que vejo hoje é uma liberdade de
araque, de discurso, desconexa da prática. Posso estar equivocado, mas,
gostaria muito de sentir-me livre até para duvidar da existência de Deus. No
entanto, duvido, se assim o fosse, ter a posição individual plenamente
respeitada." Em 2011, já previa que jamais teria minha "posição
individual plenamente respeitada" dentro da Ufam. Conheço muito bem esses
canastrões de corredores. Sei que, na prática, seus discursos não se sustentam.
Agora, em 2013, rogo que os meus colegas da comunidade da Ufam,
definitivamente, aprendam a respeitar o direito que o outro tem de pensar e
fazer escolhas, às vezes, diferentes das deles. Adoraria, daqui a cinco anos,
ser desmentido pelos fatos. Volto a apostar, porém, que a realidade será pouco
diferente da atual.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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