A universidade
brasileira precisa, urgentemente, ter o olhar estratégico para a atividade fim,
o processo de formação, ou seja, a Educação, e não para a atividade meio: a
administração. Durante o processo de consulta realizado na Universidade Federal
do Amazonas (Ufam), falou-se muito em "reforma administrativa".
Acontece que nenhuma mudança na estrutura administrativa pode (ou deve ser feita)
sem se levar em conta que a universidade, pelo menos na minha visão, deve
formar para a vida, para o exercício da cidadania. Não pode ser confundida, com
todo o respeito que se deve ter, com uma escola que "forma apenas para o
mercado". Não posso admitir a visão de que a universidade existe como um
reflexo da sociedade. Entendo que a sociedade só financia a universidade por
entender que pode ser modificada por ela. E para melhor! Isso, porém, só
ocorrerá se as mudanças administrativas ocorrerem a partir de uma discussão
sobre os processos pedagógicos. A estrutura pesada, burocrática e lenta da
universidade brasileira não serve mais à sociedade nem a própria universidade.
A máquina é lenta, emperrada e não leva em conta a indissociabilidade que deve
existir entre ensino, pesquisa e extensão. Ora, quando os processos
administrativos de cada um desses elementos do tripé existem de forma separada,
a tal indissociabilidade não passa de utopia. Aparece sempre nos discursos mas
nunca ocorre no dia a dia. Por isso defendo que é preciso pensar uma reforma administrativa
sim, porém, que levem em conta o processo educacional em primeiro lugar e a
estrutura administrativa como meio para se chegar ao fim: a indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão. Enquanto as mudanças ocorrerem levando em
conta as gratificações e as funções administrativa em detrimento do processo, a
universidade brasileira patinhara.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
Visite
também o Blog Gilson Monteiro Em Toques
e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.