segunda-feira, 8 de abril de 2013

A sinergia dos mídias e o fechamento de jornais


Na tese defendida por mim, em março de 2003, na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (Usp) denominada “Por um clique: o desafio das empresas jornalísticas tradicionais no mercado da informação – Um estudo sobre o posicionamento das empresas jornalísticas e a prática do jornalismo em redes, em Manaus” há uma das seções nas quais apresente uma tendência mundial, bem antes de 2003: a sinergia dos mídias. Enquanto, nos Estados Unidos, principalmente, o processo provou uma união malfada entre o grupo Time Warner e o maior provedor de Internet de lá, o América On Line (AOL). Ainda assim, já naquela época, o processo provocou demissão de jornalistas e o fechamento de algumas "posições" consideradas tradicionais no jornalismo. O que os dois grades grupos tentaram, mas fracassaram, porém, transformou-se em tendência mundial. E um movimento inevitável, que provocaria o fechamento de jornais tradicionais e o desemprego. Há dez anos, portanto, a pesquisa por mim realizada na Usp, já apontava o que só chegou ao Brasil com mais "força" agora. O Grupo Estadão, que edita os jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, anunciou o fechamento desse último e um completo programa de "reestruturação" que culminou com a demissão de 35 jornalistas e uma modificação no próprio O Estado de S Paulo. Antes dele, o Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, deixou de circular e passou a manter apenas a edição on-line. Entre as revistas científicas, poucas são as que ainda possuem a versão impressa. Ao que tudo indica, o mercado brasileiro de jornais tradicionais começa, efetivamente, a sentir o impacto das Mídias Digitais. Empregos tradicionais, certamente, serão substituídos por novos postos de trabalho nessas Mídias Digitais. O mercado brasileiro do jornalismo tradicional, dez anos depois, sente o baque. Ao longo desses anos, as empresas bem que poderiam ter se preparado melhor, com base nos estudos vindos das universidades.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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