Na tese defendida
por mim, em março de 2003, na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da
Universidade de São Paulo (Usp) denominada “Por um clique: o desafio das
empresas jornalísticas tradicionais no mercado da informação – Um estudo sobre
o posicionamento das empresas jornalísticas e a prática do jornalismo em redes,
em Manaus” há uma das seções nas quais apresente uma tendência mundial, bem
antes de 2003: a sinergia dos mídias. Enquanto, nos Estados Unidos,
principalmente, o processo provou uma união malfada entre o grupo Time Warner e
o maior provedor de Internet de lá, o América On Line (AOL). Ainda assim, já
naquela época, o processo provocou demissão de jornalistas e o fechamento de
algumas "posições" consideradas tradicionais no jornalismo. O que os
dois grades grupos tentaram, mas fracassaram, porém, transformou-se em
tendência mundial. E um movimento inevitável, que provocaria o fechamento de
jornais tradicionais e o desemprego. Há dez anos, portanto, a pesquisa por mim
realizada na Usp, já apontava o que só chegou ao Brasil com mais
"força" agora. O Grupo Estadão, que edita os jornais O Estado de S.
Paulo e Jornal da Tarde, anunciou o fechamento desse último e um completo
programa de "reestruturação" que culminou com a demissão de 35
jornalistas e uma modificação no próprio O Estado de S Paulo. Antes dele, o
Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, deixou de circular e passou a manter
apenas a edição on-line. Entre as revistas científicas, poucas são as que ainda
possuem a versão impressa. Ao que tudo indica, o mercado brasileiro de jornais
tradicionais começa, efetivamente, a sentir o impacto das Mídias Digitais.
Empregos tradicionais, certamente, serão substituídos por novos postos de
trabalho nessas Mídias Digitais. O mercado brasileiro do jornalismo tradicional,
dez anos depois, sente o baque. Ao longo desses anos, as empresas bem que
poderiam ter se preparado melhor, com base nos estudos vindos das universidades.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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