Vivo
a me perguntar se não somos caretas demais, se "ainda somos os mesmos e
vivemos como nossos pais", quiçá nos bisavós, quando o assunto é a
Pesquisa. Além de sermos oprimidos pelas constantes avaliações do pares que se
encastelam nas agências reguladoras e de fomento, dobramos os joelhos diante da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e transformamos alguns dos
nossos professores de Metodologia da Pesquisa Científica em atuantes fiscais do
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). É isso
mesmo, nós, os professores e professoras das universidades brasileiras,
transformamos a ABNT em uma espécie de Deusa dos Centímetros e Espaços em
Brancos da Pesquisa Brasileira. Criamos um fetiche em favor das medidas a ponto
de, em alguns casos, gerarmos anomalias tamanhas relativamente às normas que
impedem trabalhos brilhantes do ponto de vista do conteúdo de serem recomendados
para publicação porque um dos membros da Banca Examinadora pega a "fita
métrica", alguma das inúmeras NBRs e finca o pé que "seguir as Normas
da ABNT" é essencial. Talvez devêssemos ser mais ousados e menos apegados
às NBRs para melhorar a qualidade das pesquisas no Brasil.
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