terça-feira, 10 de junho de 2014

A ousadia como oxigênio da Pesquisa

Vivo a me perguntar se não somos caretas demais, se "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais", quiçá nos bisavós, quando o assunto é a Pesquisa. Além de sermos oprimidos pelas constantes avaliações do pares que se encastelam nas agências reguladoras e de fomento, dobramos os joelhos diante da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e transformamos alguns dos nossos professores de Metodologia da Pesquisa Científica em atuantes fiscais do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). É isso mesmo, nós, os professores e professoras das universidades brasileiras, transformamos a ABNT em uma espécie de Deusa dos Centímetros e Espaços em Brancos da Pesquisa Brasileira. Criamos um fetiche em favor das medidas a ponto de, em alguns casos, gerarmos anomalias tamanhas relativamente às normas que impedem trabalhos brilhantes do ponto de vista do conteúdo de serem recomendados para publicação porque um dos membros da Banca Examinadora pega a "fita métrica", alguma das inúmeras NBRs e finca o pé que "seguir as Normas da ABNT" é essencial. Talvez devêssemos ser mais ousados e menos apegados às NBRs para melhorar a qualidade das pesquisas no Brasil.


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