Até
hoje ainda não sei qual a medida efetiva utilizada pelos burocratas da área de
Educação para estabelecer, rigorosamente, o prazo máximo e o prazo mínimo para
a conclusão dos cursos de Graduação no Brasil. Por mais que os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs) tragam números referentes ao mínimo e ao máximo,
acredito que a universidade brasileira, mais uma vez, ao tratar do tema, cai no
que convencionei chamar de "perda da autonomia consentida". Tais
prazos deveriam ser encarados como diretrizes, não como leis. Afinal,
diretrizes não são leis, são caminhos, direções, nada além. Transformar
diretrizes em leis faz parte da nossa sanha por "vigiar e punir".
Nada é mais antipedagógico do que uma estrutura curricular amarrada em pré-requisitos.
O "período ideal" é uma fantasia criada por gestores educacionais
completamente fora da realidade das Instituições brasileiras. Formar-se no
"período ideal" é concluir um curso qualquer no "tempo
mínimo" estabelecido pelos PCNs. Como a visão predominante na educação
brasileira é castradora, não se pode, por exemplo, concluir um curso em um
tempo abaixo do mínimo, nem que se tenha tempo para isso. Ou seja, no Brasil, é
perfeitamente possível reter, reprovar e jubilar (expulsar). Acelerar os
estudos, porém, por mais que se tenha tempo e capacidade intelectual para
tanto, é um pecado quase mortal.
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