Há
momentos de intensa emoção que passo com a minha filha, de apenas 14 anos. Ela,
desde pequena, adora abordar o tema Educação. Numa dessas tiradas, revelou-me
que tem um sonho: montar uma escola completamente diferente da que ela estuda.
Uma escola na qual as pessoas gostem de estar e de estudar. Mais recentemente,
sem saber que faço parte de uma Comissão instituída pelo Conselho de Ensino,
Pesquisa e Estensão (CONSEPE), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), nas
nossas conversas dentro do carro, ao voltar para casa, ela me saiu com essa,
quando discutíamos a Educação no país, eu, ela e o irmão, agora universitário
da UFAM:"Papai, não consigo entender. A missão da escola não é educar? Como
é que se pode expulsar alguém de uma escola? Expulsar alguém não educa nada".
Meus olhos marejaram! Meu filho completou:"Nos casos de agressões graves,
aos professores ou colegas, a expulsão se justifica". Minha filha
concordou. Meus olhos marejaram pela coincidência e pelo orgulho de pai, de os
filhos terem, de alguma forma, absorvido os valores que ele defende. Além de
ser ilegal, o jubilamento só se justifica em casos de agressão, ainda assim,
após a ampla defesa. Em nenhum outro caso se justifica expulsar estudantes da
escola em quaisquer dos níveis. Tenho muito orgulho da visão educacional
avançada na minha filha. Espero convencer mais e mais colegas professores e
professoras sobre o equívoco que é expulsar estudantes, principalmente da universidade.
Precisamos sim, criar mecanismos capazes de estimular os que querem (e podem)
estudar mais e mudar, definitivamente, essa visão punitiva a respeito do ato de
educar.
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