Ao
que tudo indica, a mera Federalização
da Educação Básica, como deseja o Senador Cristovam Buarque (PDT-DF),
apresentada neste espaço, na postagem de ontem, não será a panaceia para a
Educação brasileira. Quaisquer que sejam as medidas, antes de tudo, são
necessárias ações coordenadas a fim de que mudanças cá não provoquem efeitos danosos
lá. Um exemplo claro deste problema foram as adesões das universidades
brasileiras ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e uso das notas desta
prova para o Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Se por um lado resolveu o
problema que muitas universidades que tinham seus vestibulares anulados
seguidas vezes por suspeitas de fraudes e quetais, por outro, tornou nacional
uma disputa que, antes, era local. Na gênese, a ideia de uma disputa nacional
era oferecer ao estudante maiores possibilidades de escolher o curso que
desejasse fazer. Na prática, virou a oportunidade que "eu puder"
fazer até conseguir a pontuação necessária para mudar de curso. Ações
coordenadas exigem visão global dos processos. Promover possibilidades de
ingresso com listas e mais listas de chamada significa, lá na ponta, um caos na
gestão acadêmica das universidades, com turmas fechadas quase no final do
período. Prova de que, em política pública, o fazer deve ser antecedido pelo
estudar, pesquisar e planejar exaustivamente para diminuir as possibilidades de
erros.
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OBS:
Post do dia 14/07/2014
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