Nós, os professores e professoras, “militamos” na
Educação, mas, poucos, se dão ao trabalho de educar. Digamos que somos “ensinadores”
que jamais ousam ser educadores. Inclusive porque, muitos de nós, entendem que
educar é papel dos pais. Nós, no máximo, devemos ensinar. Em muitos casos, nem
isso. Principalmente porque há, na Educação Superior, um grave equívoco:
encarar os jovens que chegam às universidades como se fossem capazes, em um
passe de mágica, de se transformarem em seres autônomos, maduros e capazes de
tomar decisões por si. Se alguns assim chegam, a maioria padece da falta de
maturidade. Quando não, nem souberam escolher o curso. Fazem-no com base na
oportunidade de ingressar na universidade para, só depois, escolher o caminho
profissional. Acontece que as universidades não se adaptaram a esta realidade.
Não dão aos estudantes a oportunidade de vivenciar o ambiente acadêmico e, só
depois, escolher a direção a seguir. Escolhem com base em um “menu” de cursos
pré-determinados. E ao ingressarem para tais cursos, enfrentam dificuldades inimagináveis
para mudar de curso. Tudo isso porque, no fundo, para nós, os ditos educadores,
devemos apenas ensinar. E não educar. A visão do ensinador é limitada. Centrado
nos conteúdos pré-estabelecidos. E não na visão do todo. Nos problemas dos
estudantes, nas dificuldades que possuem, que trazem de uma vida escolar
anterior. Por isso educar é mais complexo que meramente ensinar. Será que temos
consciência dessa diferença?
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