domingo, 22 de fevereiro de 2015

Governança e conformidade na Educação Superior

Na postagem de ontem, “Governança e conformidade na gestão”, abordei especificamente o problema da Petrobras relativamente à governança e à conformidade. Creio que precisamos ampliar a discussão sobre os dois temas principalmente na Educação Superior. Nós, os professores e professoras das universidades públicas federais, fizemos a opção de sermos administrados, digamos, por nós mesmos. Combinado com o processo democrático de escolha dos dirigentes, e apenas a se levar em conta o olhar administrativo, cria-se um problema de governança quase impossível de ser resolvido. À parte as exceções, estudantes, professores e técnicos votam para escolher diretores de unidades e uma dupla para ser reitor (ou reitora) e vice. Como os diretores nem sempre possuem a mesma visão administrativa da, digamos, administração superior, cria-se um problema seríssimo de governança. Ou se tem maturidade para que as questões pessoais não superem as questões institucionais ou a governança se nos apresenta fragilizada. Há, também, o problema da conformidade. Em função da autonomia universitária, nem sempre os membros da comunidade universitária, inclusive alguns dirigentes, querem atuar em conformidade com as leis. É mister, portanto, que se discuta com profundidade as questões de governança e conformidade na Educação Superior se, efetivamente, queremos melhorá-la.


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