A sensação que tenho, na Educação Superior
brasileira, é que vivemos eternamente de mãos atadas. Reféns. Ou das
micropolíticas internas ou das macropolíticas governamentais. E tudo o que se
faz é pouco diante dos olhos internos e, menos ainda, diante dos olhos do nosso
mantenedor, o Ministério da Educação. Talvez porque, no fundo, o nosso
mantenedor, de fato, seja o Ministério da Fazenda em conjunto com o Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Aí, o nosso próprio mantenedor
oficial, o MEC, esteja, também, de mãos atadas. Inclusive, na hora da escolha
de quem vai dirigi-lo. No fundo, o MEC é refém das políticas econômicas, que
nem sempre “casam” com as políticas educacionais. Daí, prevalece a lógica da
economia: deve-se fazer o que é mais barato. Em Educação, Ciência e Tecnologia,
no entanto, o Retorno Sobre o Investimento (ROI) não é imediato. Muito menos,
em alguns casos, palpável. E se não é palpável, mais ficamos de mãos atadas. A
tal autonomia das universidades, no campo financeiro, é mais que relativa.
Porque o próprio MEC não a tem. Daí estarmos sempre de pires à mão, em
Brasília, a depender da vontade política de um ou outro governante ou ministro.
Triste realidade a nossa!
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