quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Nos tempos da mobilidade estudantil familiar

Sou de uma geração que não havia política pública de mobilidade nenhuma. A única possível era a “mobilidade familiar”: se um membro mais rico da família decidia “trazer alguém para estudar”, estava efetivada a mobilidade estudantil. E foi o que ocorreu comigo: não fosse a bondade de um dos meus primos, que se foi, Alfredo Mansour Bulbol, eu não teria alçado o voo que alcei. O preâmbulo é para voltar ao tema de ontem, “o risco da mobilidade internacional”, e dizer que os riscos existem, inclusive, na mobilidade nacional. E só podem ser minimizados se houver compreensão dos professores e professoras. Se esses conseguirem entender que educar é um ato de amor. De doação e entrega principalmente aos estudantes com problemas, com desempenho crítico. E não aos estudantes academicamente aptos. É dever da escola, portanto, da universidade, cuidar dos seus. Gosto do slogan criado por Moysés Israel para a Universidade Federal do Amazonas (UFAM):”Nosso maior patrimônio”. Mas, o slogan parece ter provocado uma visão distorcida. É preciso ficar claro que o nosso maior patrimônio não é a UFAM em si, mas, os estudantes. E é responsabilidade de qualquer universidade cuidar dos seus estudantes. Sem isso, não há mobilidade familiar nem política pública de mobilidade nacional ou internacional que tenha chances de êxito.


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