Sou de uma geração que não havia política pública
de mobilidade nenhuma. A única possível era a “mobilidade familiar”: se um
membro mais rico da família decidia “trazer alguém para estudar”, estava
efetivada a mobilidade estudantil. E foi o que ocorreu comigo: não fosse a
bondade de um dos meus primos, que se foi, Alfredo Mansour Bulbol, eu não teria
alçado o voo que alcei. O preâmbulo é para voltar ao tema de ontem, “o
risco da mobilidade internacional”, e dizer que os riscos existem,
inclusive, na mobilidade nacional. E só podem ser minimizados se houver
compreensão dos professores e professoras. Se esses conseguirem entender que
educar é um ato de amor. De doação e entrega principalmente aos estudantes com
problemas, com desempenho crítico. E não aos estudantes academicamente aptos. É
dever da escola, portanto, da universidade, cuidar dos seus. Gosto do slogan criado
por Moysés Israel para a Universidade Federal do Amazonas (UFAM):”Nosso maior
patrimônio”. Mas, o slogan parece ter provocado uma visão distorcida. É preciso
ficar claro que o nosso maior patrimônio não é a UFAM em si, mas, os estudantes.
E é responsabilidade de qualquer universidade cuidar dos seus estudantes. Sem
isso, não há mobilidade familiar nem política pública de mobilidade nacional ou
internacional que tenha chances de êxito.
Visite também o Blog
Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog
do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.