Impressiona, a cada dia, a visão estreita, para
não dizer míope, de alguns colegas professores e professoras sobre o papel e a
responsabilidade da universidade na vida de um estudante. Ouvi, dia desses, de
um colega professor, algo que considero uma aberração: ”o risco de ficar
desperiodizado, de perder o período letivo tanto na entrada quanto da saída da
mobilidade estudantil é do próprio estudante”. Há muito denomino este tipo de
visão de “pedagogia Pilatos”, ou seja, pedagogia do “lavar as mãos”. Por mais
que pareça esdruxula para o Século no qual vivemos, tal visão é muito mais
presente do que se imagina. Par a um sem número de professores, “a culpa” por
não se sair bem nas disciplinas é sempre do estudante. O professor não,
ministrou a disciplina e cumpriu a sua obrigação. Cabe ao estudante cumprir a
dele. No caso da mobilidade internacional, por exemplo, “quem mandou se meter a
fazer mobilidade?” O maior risco da mobilidade internacional talvez não esteja
lá fora, mas, aqui dentro das nossas próprias universidades. E é um risco de
perspectiva do olhar dos nossos professores e professoras. É de se lamentar,
mas, ao mesmo tempo, de se enfrentar tal visão extremamente atrasada.
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OBS: Post do dia 11/02/2015
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