quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O risco da mobilidade internacional

Impressiona, a cada dia, a visão estreita, para não dizer míope, de alguns colegas professores e professoras sobre o papel e a responsabilidade da universidade na vida de um estudante. Ouvi, dia desses, de um colega professor, algo que considero uma aberração: ”o risco de ficar desperiodizado, de perder o período letivo tanto na entrada quanto da saída da mobilidade estudantil é do próprio estudante”. Há muito denomino este tipo de visão de “pedagogia Pilatos”, ou seja, pedagogia do “lavar as mãos”. Por mais que pareça esdruxula para o Século no qual vivemos, tal visão é muito mais presente do que se imagina. Par a um sem número de professores, “a culpa” por não se sair bem nas disciplinas é sempre do estudante. O professor não, ministrou a disciplina e cumpriu a sua obrigação. Cabe ao estudante cumprir a dele. No caso da mobilidade internacional, por exemplo, “quem mandou se meter a fazer mobilidade?” O maior risco da mobilidade internacional talvez não esteja lá fora, mas, aqui dentro das nossas próprias universidades. E é um risco de perspectiva do olhar dos nossos professores e professoras. É de se lamentar, mas, ao mesmo tempo, de se enfrentar tal visão extremamente atrasada.

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OBS: Post do dia 11/02/2015

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