sábado, 6 de junho de 2015

Até o MEC reconhece o voto paritário

Há quem diga que exagero ao propagar que as três organizações mais reacionárias da sociedade são o exército, a igreja e a universidade. Mantenho a convicção, porém, hoje, com um diferencial: enquanto a igreja e o exército são assumidamente reacionárias, a universidade finge ser libertária, mas, só prega a liberdade no discurso. Na prática, é, sem dúvidas, uma das mais reacionárias instituições. E, só consegue manter a aparência de libertária pela luta de pessoas que, digamos, comungam de ideias revolucionárias e por elas brigam. Todo este preâmbulo é para dizer que até o Ministério da Educação (MEC) reconhece o voto paritário para a escolha dos reitores e reitoras das universidades. Nas instituições, no entanto, há reacionários de carteirinha que chegam a recorrer ao Ministério Público para manter o percentual de 70% de peso dos professores na escolha dos demais dirigentes da Instituição. Não tem lógica e não se sustenta. Faz parte do olhar reacionário predominante entre a imensa maioria que, às vezes, tem vergonha de admitir. Sou defensor do voto paritário desde que concorri pela primeira vez, em 2005, à Reitoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). E não deixo de manter a convicção de que é o modo mais justo de se praticar a democracia nas universidades. Com a chancela do MEC ou sem ela.


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