Em tempos de
ânimos exaltados em função da Assembleia da ADUA que decidiu pela deflagração
da greve dos professores na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) a partir de
segunda-feira, dia 15, é preciso ler cada ponto de vista com muita serenidade
para não sermos mal-educados, intolerantes e desrespeitosos com os nossos
colegas de trabalhos. Afinal, abominamos e lutamos contra este tipo de comportamento
na sociedade e não podemos deixar que se instale entre nós. De longe, pois
viajava a trabalho no dia 9, acompanhei várias manifestações, às vezes até
raivosas, de quem é contra ou a favor à greve. Reafirmo: por princípio, sou
sempre a favor de qualquer greve, por se tratar de um direito líquido, certo e
sagrado do trabalhador. A forma e o momento no qual a greve será deflagrada,
sim, são passíveis de discussão. Pelo que li, a ADUA resolveu somar os votos
das Assembleias Setoriais ocorridas nas unidades da UFAM fora da sede, a partir
das atas das setoriais enviadas de cada um dos locais. É uma mudança e tanto.
Se para melhor ou para pior, só a prática e o tempo irão dizer. Espero que a
nossa valorosa ADUA passe a usar o mecanismo em todas as decisões que tomar
daqui para a frente a fim de que a prática seja efetivamente consolidada. Em contraposição
à decisão política, apareceu a proposta de que se realizasse um plebiscito. Com
voto eletrônico ou sabe-se Deus como? Da mesma forma que o “voto por
correspondência” para decisões tomadas em Assembleia é discutível, o plebiscito
também o é. Hoje, li uma nota compartilhada pelo colega Welton Oda, assinada
por outro colega do ICHL, professor Luis Antônio Souza, que também compartilhei
no meu Facebook, a qual reproduzo aqui: “"É preciso deixar claro aos
defensores do plebiscito ou votação online que a discussão e votação presencial
vai muito além de uma simples assembléia...ali se vivência a POLIS, a POLÍTICA.
Não se faz política por meio de voto a distância, mas no enfrentamento de
opostos, no debate (por vezes duro)"de idéias e pontos de vista
divergentes...É ali que se promove a pedagogia do esclarecimento e
convencimento. Que se use os smartphones para compras ou votar Brother que se
pretende mandar para o Paredão". O tema é polêmico, as ideias estão
lançadas. Que haja o debate! E que tenhamos serenidade na hora de abordar o
novo. Para não cairmos na perigosa armadilha de discordar sempre de quem não
pensa igual a nós.
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