Após a divulgação do resultado do
Festival de Parintins tive a certeza de que o Brasil é um País dividido entre o
vermelho e o azul. Membros da antiga esquerda (vermelha), torcedores do boi
azul (a velha direita) simplificaram o problema da antecipação de qual seria o
resultado por meio do áudio divulgado: “Há 12 anos o contrário ganha assim.
Agora, temos é de comemorar”. É como se, candidamente, pudéssemos dizer: ora,
se desde o descobrimento a direita roubava neste país, agora, chegou a nossa
vez de nos vigarmos (roubarmos também?). Não! Não posso admitir que assim o
seja. É verdade, porém, que, para alguns, o roubo de um lado significa uma
espécie de hebeas corpus preventivo para o outro lado. É uma simplificação sim,
mas, não ingênua. Os que comandaram, pelo menos o áudio revela, o azul de hoje
eram o vermelho de ontem. Se relativizarmos e aceitarmos como normal o que
ocorreu em Parintins só porque durante anos a prática corrente “do contrário”
era a compra de jurados, consideraremos que a esquerda, ao chegar ao poder, se
esbalde com o dinheiro público, só porque a direita o fez desde o
descobrimento. Não é nada pedagógico e faz um mal danado à sociedade aceitarmos
os argumentos simplistas que nos foram postos.
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