Às vezes penso
que o uso da expressão “grade curricular” não é mera coincidência. É uma forma
de reafirmarmos, nós, os professores e professoras, o quanto somos escravos da
estrutura, da grade, do que nos prende aos ditames tradicionais da profissão.
Penso que mal vencemos a sina de Santo Agostinho e raros são os que chegam a
Comenius. Querer que nossos colegas tenham lido e ponham em prática os
ensinamentos de Paulo Freire é ilusão das maiores. Somos tradicionalmente
tradicionais. Temos aversão ao novo e às mudanças. Queremos a caretice como
regra. Somos escravos da estrutura. Não é à toa que usamos a expressão “grade
curricular”. Somos escravos dela. Não queremos ousar, mudar. Idolatramos a
doutrina. Somos fundamentalistas. A zona de conforto nos escraviza a todos.
Temos medo de nos libertar. De vencer os limites para os quais fomos “formados”.
Ou deformados. As categorias profissionais que representamos nos escravizam.
Triste fim de quem se torna escravo da estrutura. E nós, professores e
professoras, nos deparamos com o fim e não reagimos. Lastimável chegarmos a
este patamar. O que nos resta?!
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