Até algum tempo,
acreditei piamente que a universidade é o espaço da pluralidade, do respeito ao
outro e às diferenças, a ponto de ser possível duvidar até da existência de
Deus e não ser penalizado, perseguido ou criticado por ninguém. Em tese, e no
sonho de algumas pessoas, incluso eu, talvez exista. Nem que seja como meta,
como possibilidade, quiçá como utopia. Na prática, porém, há uma universidade
do discurso, muito diferente da utópica universidade que criamos na nossa
mente. O direito a ser diferente, a pensar diferente, no mais das vezes, não é
respeitado. Percebe-se o retorno de um clima de patrulhamento (não apenas
ideológico) inaceitável. Se antes era um peco mortal “ser de direita” dentro da
universidade, hoje, parece só existir o “coletivo”. O direito individual,
inclusive a ser diferente, se não é malvisto, às vezes é negado. A universidade
pública, gratuita e socialmente referenciada que tanto defendemos não pode cair
na armadilha do pensamento único, do patrulhamento. Qualquer que seja o seu
matiz. Vencer ou não nos embates faz parte do processo de crescimento tanto do
ser humano quanto das organizações. Por favor, que não sejamos capazes de matar
a universidade pela qual lutamos e sonhamos!
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