Ao que parece, poucas pessoas se recordam
do então Ministro da Fazenda, Rubens Ricúpero. Durante o período de implantação
do Plano Real, Ricúpero era um dos homens mais fortes da República. Em 6 de
setembro de 1994, renunciou ao cargo. Via satélite, vazou uma conversa de
bastidores dele com o jornalista Carlos Monforte. O diplomata foi taxativo no
áudio que vazara: "Eu não tenho
escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom a gente fatura, o que é ruim
a gente esconde". Em 1994, no Brasil, era condenável manipular fatos,
divulgar meias verdades. É preciso repensarmos, seriamente, que tipo de
jornalismo queremos. Qual o tipo de assessoria que praticamos. “O que é bom a
gente fatura, o que é ruim a gente esconde” parece ter se tornado regra.
Principalmente de quem pratica assessoria de comunicação. Condenável no
passado, a prática é tida como normal atualmente. A mim me parece ser tão
condenável atualmente quanto o era antes. O problema é que a prática ganha
corpo principalmente nos momentos de embates políticos mais acirrados. E,
lamentavelmente, o que mais se vê hoje é a prática de se manipular fatos e se
divulgar apenas a parte que mais convêm. Triste fim de o que antes se denominou
“ética em comunicação”!
Visite também o Blog
Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog
do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.