quarta-feira, 15 de julho de 2015

A Educação que decepciona os educadores

O cargo que ocupo, de Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), não me permite externar, pela essência do cargo e por representar uma comunidade inteira de pesquisadores, as mesmas ideias, com o entusiasmo que as apresentava. Nada impede, porém, de ouvir, amigos, pesquisadores e meros colegas de trabalho sobre suas angústias. A conclusão que cheguei, ultimamente, é que a Educação, no Brasil, não decepciona apenas a comunidade em geral, mas, tem o poder de decepcionar os próprios educadores. Enfrentar abertamente os problemas e tentar solucioná-los, com respeito às diferenças, não passa de utopia. O que se tem, de um lado do outro do espectro político universitário, como na vida, é um jogo nada ético de permanente manipulação, digamos, da verdade, se é que a verdade existe. O que existe, com certeza, é um jogo de desrespeito mútuo, uma fogueira das vaidades individuais que enterra a universidade brasileira. O discurso de defesa dos interesses coletivos não passa de uma tremenda balela institucionalizada. O que se quer, em verdade, de um lado, é enfraquecer o governo Dilma Rousseff e Partido dos Trabalhadores (PT), da direita radical à esquerda, mais radical ainda. Do outro lado, cegos defensores do Governo, incapazes de avalia-lo criticamente. No meio do tiroteio, quem tenta fazer um trabalho sério, com honestidade, em direção aos dois lados. O que sobra para nós, os administradores? Uma tremenda decepção com o modo como as coisas andam: um jogo hipócrita, baseado no fingimento e na capacidade de dissimulação. Dói, decepciona, porque, raros são os que querem o bem do Brasil, dos brasileiros, da sociedade e da universidade. Mas, é a vida!


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