domingo, 23 de agosto de 2015

A covardia coletiva


Nitidamente, ao que parece, professores e técnicos tentam induzir estudantes a ocupar as reitorias das universidades, inclusive aquelas, como a da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), cujos estudantes não entraram em greve. É um tipo de covardia coletiva de quem não tem argumentos para enfrentar nem a categoria, que não aceita este tipo de movimento, nem o Ministério Público Federal (MPF), por conta da Lei de Greve. Tanto é legítimo entrar em greve, quanto é direto não o fazer, caso você não seja convencido pelos argumentos de quem faz a greve. Há, no entanto, a crença de que todos são obrigados a aderir, mesmo que a minoria decida fazê-lo. Quem está do outro lado, como administrador, tem o dever de garantir o direito dos dois lados. Há, porém, uma covardia coletiva. Tanto dos que aderem à greve quanto dos que deixam de fazê-lo: querem obrigar os administradores a tomar partido de um ou de outro lado. É a mais covarde das covardias: tentar obrigar um gestor a fazer o que não pode. Há má fé dos dois lados na tentativa de colocar os gestores em posições extremas de conflito com as categorias. Publicar notícias de invasões e compartilhá-las permanentemente com o objetivo de tentar fazer com que os estudantes façam o que, covardemente, não conseguem fazê-los é de uma insensatez inexplicável. Só o fazem os que são fracos de espírito e covardes e que tentam manipular estudantes. Se todos, juntos, tiverem coragem que o façam, mas, que não tentem manipular estudantes. E, ao que parece, é um movimento ardilosamente contido nas notícias e nos compartilhamentos. Que os estudantes não se deixem manipular!



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