Nitidamente, ao que parece,
professores e técnicos tentam induzir estudantes a ocupar as reitorias das
universidades, inclusive aquelas, como a da Universidade Federal do Amazonas
(UFAM), cujos estudantes não entraram em greve. É um tipo de covardia coletiva
de quem não tem argumentos para enfrentar nem a categoria, que não aceita este
tipo de movimento, nem o Ministério Público Federal (MPF), por conta da Lei de
Greve. Tanto é legítimo entrar em greve, quanto é direto não o fazer, caso você
não seja convencido pelos argumentos de quem faz a greve. Há, no entanto, a
crença de que todos são obrigados a aderir, mesmo que a minoria decida fazê-lo.
Quem está do outro lado, como administrador, tem o dever de garantir o direito
dos dois lados. Há, porém, uma covardia coletiva. Tanto dos que aderem à greve
quanto dos que deixam de fazê-lo: querem obrigar os administradores a tomar
partido de um ou de outro lado. É a mais covarde das covardias: tentar obrigar
um gestor a fazer o que não pode. Há má fé dos dois lados na tentativa de
colocar os gestores em posições extremas de conflito com as categorias. Publicar
notícias de invasões e compartilhá-las permanentemente com o objetivo de tentar
fazer com que os estudantes façam o que, covardemente, não conseguem fazê-los é
de uma insensatez inexplicável. Só o fazem os que são fracos de espírito e
covardes e que tentam manipular estudantes. Se todos, juntos, tiverem coragem
que o façam, mas, que não tentem manipular estudantes. E, ao que parece, é um
movimento ardilosamente contido nas notícias e nos compartilhamentos. Que os
estudantes não se deixem manipular!
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