sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Avanços e desafios da interdisciplinaridade

Dividi, há pouco, no Fórum de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação do Norte (ForpropNorte0, com o novo diretor de relações internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Adalberto Val, espaço em uma mesa-redonda para discutirmos avanços e desafios da internalização da interdisciplinaridade na Pós-graduação. Centramos mais as falas nos desafios que nos avanços. E concordamos que o primeiro grande desafio está na Educação Básica. “Ensinamos teorias e metodologias e tiramos das crianças o prazer da descoberta”, disse Val. Ele ressaltou um ponto considerado essencial para o momento político, social e econômico: o compromisso social da ciência. Há dois problemas básicos que considero necessário serem superados para a prática efetiva da interdisciplinaridade. A formação e a mudança na perspectiva do olhar. Ou interferimos desde a Educação Básica até a Graduação ou a Pós-graduação brasileira, como bem-disse o antigo diretor de Avaliação da Capes, Lívio Amaral, “é natimorta”. Entre nós, os professores e professoras, é preciso resolver o problema conceitual sobre o que é efetivamente interdisciplinaridade. Em seguida, faz-se crucial promover uma mudança na perspectiva do olhar. Por fim, para se internalizar a interdisciplinaridade na Pós-graduação é necessário mudar radicalmente as estruturas acadêmicas e administrativas das Instituições. Além disso, é preciso um processo de gerenciamento das entradas nos Programas de Pós, bem como, novos parâmetros de avaliação. “Com os parâmetros atuais de avaliação é impossível a prática da interdisciplinaridade”, avaliei.


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