domingo, 16 de agosto de 2015

A natimorta Pós-graduação brasileira

Quando, em 12 de dezembro de 2012, no lançamento do PAC-PG da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o então Diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Lívio Amaral, vaticinou que a Pós-graduação do Brasil era natimorta, confesso, fiquei sem entender. Nos dois anos seguintes, como Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFAM, comecei a compreender a profundidade de o que foi dito por ele: se não investirmos vorazmente na Educação Básica, não teremos a menor condições de mudar o quadro da Educação no País. Nossa Educação Básica, principalmente no Amazonas, é um desastre. E isso se nos apresenta de forma mais clara quando se examina os números da Graduação no Estado: tanto nas particulares quanto nas federais, na região, não se consegue formar mais de 30% dos que ingressam. Um fracasso retumbante! Nos processos seletivos dos cursos de Pós-graduação os números revelam o impacto do desastre. Há seleções nas quais não se consegue nem selecionar 50% dos candidatos na primeira prova. Com isso, as bolsas oferecidas pelas agências não são preenchidas. O ciclo é tão negativo que chega a ser desesperador. Mas, ao mesmo tempo, aponta para a responsabilidade social das universidades: ou interferimos na Educação Básica ou morreremos.

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OBS: Post do dia 15/08/2015

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