As universidades brasileiras precisam, urgentemente, retomar uma discussão
que se negaram a fazer à época do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação
e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que é de 2008. Desde então,
entra na pauta de discussão questões administrativas, sempre de olho em cargos
em CDs, mas, o cerne não é discutido: a estrutura acadêmica. O desenho atual,
com Institutos e Faculdades com o mesmo poder, digamos, o mesmo valor
administrativo, é um atraso. Beneficia os que sabem manipular as contradições políticas
e a administrativas internas mas põe para debaixo do tapete o principal
problema da universidade brasileira: uma estrutura acadêmica inflexível,
caquética e que não mudará com o surgimento de institutos e faculdades. Ainda mais
se as faculdades tiverem poder dos institutos. Universidades são estruturas administrativas
formadas por Institutos. Esses, são compostos de Faculdades, que abrigam
cursos. Uma unidade acadêmica, portanto, tem proximidade pelas áreas acadêmicas
que estudam. Em não sendo assim, o que se tem é uma corrida individual pelo
poder, execrável dentro de qualquer universidade que tenha o mínimo de
coerência entre o que prega e o que faz. Outro caminho é a destruição o princípio
basilar de uma universidade. A corrida por faculdades de um curso ou dois é uma
aberração administrativa e a acadêmica que deveria ser terminantemente barrada.
Pena que falta coragem para barra esta expansão individualista e canhestra. O
futuro desvendará os passos deste presente condenável.
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