A universidade brasileira não se moderniza porque falta investimento.
Ainda que o Governo Federal tivesse condições de liberar recursos sem limites,
esbarraríamos no ranço do conservadorismo. Enquanto meia dúzia de abnegados, às
vezes considerados visionários ou, na linguagem mais popular, porra-loucas,
empurram a universidade para a frente, mil dúzias a querem no mesmo lugar e um
milhão de dúzias puxam-na para trás. Não fossem os visionários, os avanços
seriam muito menores. Esbarramos nas mentes que dariam vergonha a Sócrates e
Platão e não temos, ainda, quem consiga entender minimamente Anísyo Teixeira e
Paulo Freire. As experiências pedagógicas, de tão velhas, dão vontade de
chorar. A ousadia é punida com isolamento, das menores unidades à direção
maior. Ninguém quer sair da zona de conforto. Uma universidade ou outra possui
um ponto fora da curva, usado como escudo. No mais das vezes, impera a
mediocridade coletiva. Na universidade das mentes atrasadas ser anacrônico te
faz idolatrado. O mofo espalha-se por todos os lados, inclusive, pelos
trabalhos acadêmicos, dissertações e teses jamais consultados. A ciência
empoeirada que se faz hoje só tem um resultado plausível: provoca alergia nos
sensíveis ao ácaro. E os nossos Ícaros que tenham a cera derretida, pois,
sonhar é o maior pecado as mentes que só sabem fazer uma coisa: proteger suas
próprias gavetas mofadas.
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